sexta-feira, 6 de março de 2009

Antero de Quental

Antero de Quental é uma figura singular e cimeira na literatura portuguesa oitocentista: por ter sido o mentor de toda a Geração de 70, pelo drama filosófico e espiritual que foi a sua vida, pelas metamorfoses e tensões por que passou a sua criação poética e porque foi o primeiro escritor que nunca dissociou a condição (e o trabalho) de poeta da reflexão estética acerca da essência e função civilizadora da poesia e da arte no contexto duma filosofia da História - abrindo deste modo um espaço de modernidade nas Letras portuguesas. Antero nasceu em 1842, em Ponta Delgada, na Ilha de S. Miguel (Açores), e nessa mesma cidade se suicidou em 11 de Setembro de 1891. Na Universidade de Coimbra (onde se formou em Direito, entre 1858 e 1864) foi o principal impulsionador dos conflitos académicos que se opunham ao conservadorismo pedagógico e cultural. Foi neste ambiente de efervescência revolucionária que desencadeou, com a célebre Carta a Castilho, de 1865, a "Questão do Bom Senso e Bom Gosto" (ou Questão Coimbrã) - polémica que opôs um novo espírito científico e europeu e uma nova poesia social, partilhados pelos jovens universitários e futuros intelectuais, à generalizada indiferença cultural e ao sentimentalismo ultra-romântico. Em 1866, exerce o ofício de tipógrafo em Paris para, assim, conhecer as condições da classe operária; mas no ano seguinte regressa desiludido. Funda, com o socialista José Fontana , a Associação Fraternidade Operária. Até 1871 torna-se o pólo dinamizador do "Cenáculo", grupo de intelectuais e amigos (entre eles Eça de Queirós , Jaime Batalha Reis , Oliveira Martins e Ramalho Ortigão ) a que se ficaram a dever as Conferências Democráticas do Casino, em 1871. Com Batalha Reis dirige em 1875 a Revista Ocidental . Todavia, a morte do pai, em 1873, a doença, o atraso cultural e o baixo nível moral do país, a influência do pessimismo filosófico (sobretudo de Schopenhauer e Hartmann) originam em Antero uma longa e dolorosa crise pessoal, metafísica e religiosa, de que a maioria dos Sonetos é a melhor expressão literária e o ensaio sobre as Tendências Gerais da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX (1890) é a mais alta reflexão filosófica ao substituir o desespero pela consciência no processo da libertação humana. Mas a persistência da doença (de foro psíquico), a profunda crise nacional (em 1890 dá-se o Ultimato inglês) e a incompreensão familiar só reforçam o sentimento de angústia - o qual poderá explicar a morte trágica do nosso poeta-filósofo.

As suas obras principais são: Sonetos , Coimbra, 1861; Odes Modernas , Coimbra, 1865; Causas da Decadência dos Povos Peninsulares , Porto, 1871; Primaveras Românticas , Porto, 1872; Sonetos Completos , Porto, 1886; Cartas Inéditas de Antero de Quental a Oliveira Martins , Coimbra, 1931; Prosas Sócio-Políticas , publ. e apres. por Joel Serrão, Lisboa, I.N.-C.M.,1982.

A Geração de 70

A Geração de 70 foi um movimento académico de Coimbra que veio revolucionar várias dimensões da cultura portuguesa, da política à literatura, onde a renovação se manifestou com a introdução do realismoDesta geração são de referir Antero de Quental, Eça de Queiroz, Oliveira Martins, entre outros jovens intelectuais, que se reuniam para trocar ideias, livros e formas para renovação da vida política e cultural portuguesa, que estava a viver uma autêntica revolução com os novos meios de transportes ferroviários, que traziam todos os dias novidades do centro da Europa, influenciando esta geração para as novas ideologias. Foi o início da Geração de 70.
Em Coimbra, este Grupo gerou uma polémica em torno do confronto literário com os ultra românticos do "Bom senso e do Bom gosto" ou mais conhecido por a Questão coimbrã. Mais tarde, já em Lisboa, os agora licenciados reuniam-se no Casino Lisbonense, para discutir os temas de cada reunião, que acabara por ser proibida pelo governo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O Romantismo na música

O Romantismo, movimento artístico, político e filosófico, surgido nas últimas décadas do século XVIII, não se verificou só no campo das belas artes e da literatura. A música foi outra àrea onde este movimento se desenvolveu.

As primeiras evidências do romantismo na música aparecem com Beethoven. No entanto, outros compositores como Chopin, Tchaikovsky, Felix Mendelssohn, Liszt, Grieg e Brahms levaram ainda mais adiante o ideal romântico de Beethoven, deixando o rigor formal do Classicismo para escreverem músicas mais de acordo com suas emoções.

5ª Sinfonia de Beethoven - Parte I


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Frei luís de Sousa
de Almeida Garrett



- Resumo da obra
Esta obra de Almeida Garrett aconteceu no decorrer do século XVI, retrata a vida de D. Manuel Coutinho e da sua esposa D. Madalena de Vilhena, uma mulher muito supersticiosa, que acredita que qualquer sinal que achasse fora do normal era uma chamada de atenção para acções futuras, um presságio. Enquanto que D. Manuel, um homem corajoso, patriota, provado historicamente que era possuidor de um grande amor por Madalena, não se importa com o passado da sua esposa, esta vive com muitos receios em relação ao facto do seu primeiro marido, D. João de Portugal, que, apesar de se pensar que terá sido morto na batalha de Alcácer Quibir, está ainda vivo e regressa a Portugal tornando ilegítimo o casamento de D. Manuel. Este facto valoriza o amor, mesmo contra os ideais sociais da época. O dramatismo desta obra é mais acentuado quando o autor concede ao casal uma filha, Maria de Noronha, uma jovem que sofre de tuberculose. Pura, ingénua, curiosa, corajosa, perfeitamente inocente dos actos dos seus pais, é a personificação da própria beleza e pureza que se consegue originar mesmo num casamento condenável. É-lhes concedido também um aio, Telmo Pais, que ainda é leal ao seu antigo amo, D. João de Portugal, para além de ser contra o segundo casamento de D. Madalena. Conselheiro atencioso e prestativo que tem um carinho enorme por Maria. O desfecho da obra é originado por Manuel de Sousa que incendeia a sua casa a fim de não alojar os governadores. Ao perceber que D. Manuel destruíra a sua própria casa, onde residia o quadro de D. Manuel, Madalena toma esta situação como um presságio, pressentindo que iria perder D. Manuel tal como perdeu a sua casa e o seu quadro. Consequentemente, Manuel vê-se forçado a habitar na residência que dantes fora de D. João de Portugal. Este regressa à sua antiga habitação, como romeiro, e frisa as apreensões de Madalena ao identificar o quadro de D. João. Com esta revelação, o casal decide ingressar na vida religiosa adoptando novos nomes: Frei Luís de Sousa e Sóror Madalena.

- Características do Romantismo em Frei Luís de Sousa
1. O culto do eu;
2. Crença em agoiros, em superstições, em dias aziagos;
3. Liberdade e Nacionalismo;
4. A crença no sebastianismo
5. Mulher-Anjo e Mulher-Demônio;
6. o mito do escritor romântico;
7. Amor;
8. O domínio do sentimento sobre a razão;
9. Elevada religiosidade.



sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Almeida Garrett
Nascimento: 4 de Fevereiro de 1799, Porto, Portugal
Morte: 9 de Dezenbro de 1854, Lisboa, Portugal
Nacionalidade: portuguesa
Ocupação: escritor, dramaturgo, poeta, político
Tradição: Romantismo

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O Romantismo

O Romantismo foi um movimento arttístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão do mundo contrária ao racionalismo que marcou o período eoclássico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.

Thomas Gainsborough, 1727-1788 "O Passeio Matinal"



"O Diário da Nossa Paixão"



Já acabei de ler este livro de Nicholas Sparks. Na minha opinião a história é bastante interessante, e apela a todo o tipo de sentimentos, sobretudo o amor, tal como é hábito nas suas obras. A sua escrita é bastante simples pelo que torna a sua leitura acessível.